A AP é um procedimento estatístico de simulação Monte-Carlo que consiste na construção aleatória de um conjunto hipotético de matrizes de correlação de variáveis, utilizando como base a mesma dimensionalidade (o mesmo número p de variáveis e o mesmo número n de sujeitos) do conjunto de dados reais (Laros, 2004) para encontrar o o número adequado de fatores a serem retidos.
Quando estamos em busca de evidências de validade de um instrumento usualmente realizamos Análises Fatoriais. Durante a execução de uma Análise Fatorial Exploratória uma das decisões cruciais está na definição de quantos fatores devem ser retidos, tendo em vista que uma extração inadequada impossibilita a interpretação dos resultados de maneira apropriada
Nesse processo de decisão, dois problemas podem ocorrer:
1) a superestimação de fatores (reter um número de fatores maior do que o adequado)
2) a subestimação de fatores (reter um número de fatores menor que o adequado).
A superestimação de fatores retidos tende a produzir resultados não-parcimoniosos, baseados em construtos supérfluos, com reduzido ou inadequado poder explicativo. Do mesmo modo, a subestimação de fatores retidos resulta em perda significativa de informação.
Embora já existam diversos procedimentos e critérios de retenção fatorial, um deles tem se destacado. O método denominado de Análise Paralelas (AP)
Por que esse método se destaca dos mais tradicionais?
A melhor acurácia das APs na determinação do número de fatores a ser retido se dá pelo fato de que a AP é uma técnica baseada em amostras, e não baseada na população, como é a técnica do eigenvalue > 1. Comparando os eigenvalues dos dados reais com a média dos eigenvalues dos dados aleatórios, ao invés de fixar o valor de 1 (como no critério de Kaiser-Guttman), o erro amostral é considerado, diminuindo a probabilidade de uma retenção de fatores equivocada.
Apesar de sua melhor acurácia, o método das APs ainda não é amplamente conhecido pelos pesquisadores, em parte porque não se encontra incluído nos principais programas estatísticos. Para sua execução, podem-se utilizar alguns programas computacionais, tais como FACTOR.
Tudo bem, mas como posso realizar esse teste?
Neste post trago um vídeo que vai te mostrar exatamente como proceder para executar a análise paralela e que pode lhe ajudar a determinar o número de fatores para o seu instrumento. Aproveite também e leia o artigo Uso da análise fatorial exploratória em psicologia. Nele você encontra diversas dicas sobre melhores práticas em análise fatorial, além da AP.
Vamos ao vídeo!
Conclusão
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Como citar este post
França, A. (2022, 13 de janeiro). Como executar análise paralela? Blog Psicometria Online. https://www.blog.psicometriaonline.com.br/como-executar-analise-paralela/